O último Canteiro de Verride trata as pedras como a vida, com arte. E quase que apetece reler Afonso Duarte, quando este nos deleita com "O Cancioneiro da Pedras".
Canteiro, o artífice que lavra a pedra de cantaria.
António Jesus Cardoso aprendeu a arte com o seu pai Manuel de Jesus e, não precisa de o dizer porque não esconde, o grande orgulho que tem em ter iniciado a descoberta ao seu lado, com apenas 12 anos. No trabalho árduo das pedreira, sentiu o peso das grandes lages, mas nas suas veias corria o sangue que lhe dava a força e a sensibilidade, a arte e o engenho e uma outra forma de ver a vida.
Com 14 anos pediu que lhe ensinassem música e aprendeu e, é com essa linguagem que vive a vida. Com um espírito jovial que lhe permite lavrar nas pedras uma enorme doçura, preparando-as para construção harmoniosa, como de uma partitura se tratasse a obra nunca se encerra, as notas musicais são o ar que respira e também a sua inspiração, que o enchem na mais profunda inquietação de artista agora com 77 anos.
No sábado 29 de Outubro, inaugurou a sua exposição, na abertura do 6º festival de Outono, que estará aberta ao público no edifício do "Jardim de Infância de Verride" no próximo fim de semana, 5 e 6 de Novembro das 16 às 19horas, a exposição dos seus trabalhos artísticos em pedra é também acompanhada por uma recolha local de fotografias sobre o património cultural de Verride, que estarão também em suporte digital. A não perder este encontro!
Quarteto de Metais da AFUV na Abertura do 6º festival de Outono
Como se para um Quinteto se tratasse, acompanhando-nos na abertura do 6º festival de Outono estiveram os representantes duma geração, também empenhada em dar o seu contributo, na linguagem das sonoridades dos metais da AFUV - O Quarteto de Metais da Associação Filarmónica União Verridense, formado por Bruno Pais no Trombone, Afonso Duarte Costa na Tuba e nos Trompetes ,Tiago Nunes e Renato Silva.Um Serão Contos e Contadores, proporcionado por estórias do arco da velha através da oralidade dos contadores da Camaleão Associação Cultural de Coimbra, que nos trouxeram o calor a esta noite de Outono, um pouco da Quinta de Contos no Ateneu. "Como isto é da memória, assim acaba a história" mas até um dia!
O próximo fim de semana é reservado a Imagens, Livros e a Teatro.
"Os pequeninos devem acompanhar os adultos e propor-lhes novas leituras..."
Assim na 6ª feira, dia 4 de Novembro, a partir das 21 até às 23:00h iniciará no "Jardim de Infância de Verride" uma pequena feira de livros, que estará aberta diariamente até dia 11 de Novembro; Sáb e Dom 16 - 19h; Seg a Qui das 20:30 - 22:00h e Sex das 21 às 23h.
Leirena Teatro apresenta:
"Tudo Baila em seu Redor" No próximo sábado 5 de Novembro pelas 21:30h, no Centro Cultural, "Tudo baila em Seu Redor" a 1ª produção de Leirena Teatro, é uma viagem à imaginação e ao faz de conta através de poemas presentes no Cancioneiro de entre o Mar e a Serra da Alta Estremadura, de José Ribeiro de Sousa, Poetas da região e histórias reais da memória de um povo. A particularidade desta produção, está na construção de um espetáculo para todos, aberto para qualquer espaço e lugar, que nasceu do contato direto entre gentes da região centro pela partilha de histórias, cultura, folclore entre outras raízes das décadas de trinta, quarenta, cinquenta, que serão a chama e a trama para o espetáculo nascer e acontecer.
Um faz-de-conta, no palco baralham-se histórias de uma memória e poemas de uma região que pelo jogo e brincadeira das personagens tudo se volta a dar e a bailar em seu redor.
A NÃO PERDER, até porque, "... à que fazer a roda bailar..." Vamos continuar atentos às pessoas e às folhas de Outono que vão caindo e apanhando as que valham a poesia. Juntem-se a nós!